quarta-feira, 31 de agosto de 2011

do que não dá para esperar

Não dá para parar, não dá para ficar esperando o dia de amanhã. Nosso dia é hoje. E mesmo que tudo pareça estar contra você  de modo infernal, temos que estar certos de que até a mais longa noite termina com um principiozinho de um brilhante, reluzente e quente raio de sol.
Por isso, meninos e meninas tudo pode esperar, mas não dá para esperar por você.
Comprometam-se intimamente com vocês mesmos como o mais importante dos compromissos de hoje e me contem no que vai dar, daqui a dias ou meses. Não duvidem, transformações surpreendentes virão.

Música de Charlotte Gainsbourg (que hoje tô cult) e a ilustração de Kareen Ilya, chamada 'Dark silence in suburbia'.

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terça-feira, 30 de agosto de 2011

there's a side to you that I never knew

"Se eu dissesse que Brasília é bonita, veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas se digo que Brasília é a imagem de minha insônia, veem nisso uma acusação; mas a minha insônia não é bonita nem feia – minha insônia sou eu, é vivida, é o meu espanto." Clarice Lispector

Já me perguntaram por que não escrevo todos os dias ou por que não programo posts para cada dia da semana. Minha resposta é não, não dá, meu blog é não só pessoal. É muito pessoal!
Escrevo apenas quando tenho vontade e sobre o que quero falar , mesmo querendo muitas vezes escrever posts seriados, ou em sequência de tema, não consigo, porque vem outro pensamento e desmancha tudo. Fora as milhares de anotações que faço, onde quer que vá, e que nem vem parar aqui, ou que não dá tempo de escrever (nota:falta de tempo é um bruta-empecilho).
Mas , muitas e muitas vezes prefiro não postar do que dizer que tudo tá um saco, que o sonho acabou, que a revolução terminou, que tenho uma insônia que é quase uma pessoa, que as engrenagens do sistema me sufocam, me sugam até a última gota de sangue; ou como disse Clarice Lispector quando morou aqui: Brasília é uma prisão ao ar livre.
Não tenho a coragem dela, de falar coisas que os deixarão desarmados, nus, que me deixariam nua, que os trariam às lágrimas. coisas que não são para ser sentidas porque não encaixam com o esquema. Ela também, medrosa e desamparada diante da cidade que faz florescer gelidamente todo um lado de frieza humana que se tem.

Ilustração de Connie Lim  - uma rainha de copas, a cortar cabeças. E, mais uma música da Adele para vocês ouvirem - só para terminar ainda de forma trágica.



videokeman mp3
Set Fire to the Rain – Adele
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Lágrimas suicidas

Lágrimas suicidas são aquelas que caem dos olhos da gente, sem a gente querer, vão caindo, vão rolando, vão molhando. Boa essa, e eu não sabia , ou não chamava assim, que as tais lágrimas suicidas são velhas conhecidas minhas.
Elas vem quando faço sobrancelha, no dentista, quando levo aquela picadinha chata da anestesia , e por aí vai...
O curioso é que eu descobri que não sou só eu que choro sem querer, andei conversando por aí 'ah, eu também fico assim quando tiro o buço', 'ah, eu derramo lágrima com os puxões da depilação'. São muitas as mulheres que passam por isso.
E no meio do procedimento de ser mulher não ensinam isso pra gente. É ser forte e aguentar, e as teimosinhas lagriminhas insistindo em protestar que você tá sofrendo. Sofrer pra quê? Vamos reescrever esse tutorial, minha gente.
Se já não bastam as lágrimas que a gente derruba querendo, pra que mais essas. Por uma campanha, mínimo de sofrimento, máximo de beleza. Se tá doendo e tá sofrendo, já nem vai ficar tão bonita assim!

Ilustração da artista Annie Stegg, se chama goldfish.
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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Nosso lar é onde nosso coração está

Fim das férias para quem tem férias , fim de julho com suas diversões infantis.
Resta pra mim uma saudade enorme: dessas brincadeiras, das gulodices, das noites com filmes de terror, de pessoas queridas...
Sei, no entanto, como elemento confortante, que lar é onde nosso coração está ; ou como disse a ilustradora brasileira Baby-C, lar é onde nosso gato está.
Quero crer que gato seja mais um elemento confortador, os gatos que são tão próximos do que me aparece um aconchegante lar, eu que durante minha vida inteira convivi com esses bichinhos, como diz Neruda na sua Ode ao gato (...) o gato apareceu completo e orgulhoso (...) e todo gato é gato do bigode ao rabo. Tá certo que os versos que eu coloquei aqui não conectam com o que eu tava falando ou com o que tá na minha cabeça, mas , sim, são de um poeta que tinha um mar e uma saudade e soube construir um lar.
Dessa artista muito atual (em todos os sentidos-é também bem jovem) coloquei duas ilustrações. Baby-C já e famosa por seus All Stars.
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