sábado, 13 de junho de 2015

be my valentine!

Ordeno-te!
Eis que morta notícia velha, que , embora do teu peito não desvinculada, a dor,  o dia de ontem morreu como uma lembrança passada, nada mais do que um suspiro. efêmero.
Eu insistindo em segurar a dor, não deixá-la ir, e ela , muito zelosa de seu serviço, gostaria de cravar o coração de mais um sofredor alhures.
Fica dor, fica até que me convenças que não preciso realmente de ti, fica até me sussurrar o segredo indizível que só dos teus lábios podemos ouvir : de que não te leves a sério, garota, há em ti todas as mulheres do mundo, assim como há um pouco de ti nas outras; ou ainda, e mais secreto ainda, que só dizes a quem mais ama, a quem mais gosta de sua companhia e de ver prantear: não sofras, sou uma farsa!
e ela, por fim, com um sorriso nos lábios, resolve ficar, pra conversarmos mais, talvez porque goste do teu perfume q resta em minhas mãos, talvez por gostar de minha companhia, talvez porque só eu saiba que ela é uma farsa voluntariosa.

Ilustração Beauty and the beast, Cory Godbey

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