segunda-feira, 5 de maio de 2014

abril inominado

Já estamos em maio, no entardecer do dia 05 e somente agora deu pra escrever aqui, mas não por falta de tempo, talvez por falta de chão. Meu esforço estava concentrado em me concentrar, em aterrizar, o que já consegui fazer...das minhas qualidades, uma é ter os dois pés no chão, mesmo que voe muito alto...
Abril foi um mês completamente atípico, do jeito que começou e do jeito que terminou, mas eu ainda não tenho nome pra ele, daí ser o inominado...
Todavia, minha relutância em escrever nesse mês se deu também pelo desejo de guardá-lo apenas pra mim, como uma joia preciosa, um tesouro,um sonho bom. Descobri coisas maravilhosas sobre mim e sobre o amor, coisas que se leva uma vida para perceber, acho que envelheci cem anos, assim como também acho que rejuvenesci 200 anos, é isso mesmo, ao mesmo tempo é forte e delicado, é fogo e gelo. É o oposto de tudo, é sentir e querer mas sem querer possuir, não sabia que podia sentir algo tão imenso e tão intenso. Não estou descrevendo um orgasmo, rs, uma sensação física, mas algo espiritual, sentimental, psicológico, filosófico, adjetivem como quiserem porque pra mim ainda é inominável. 
Espero, sinceramente que não me julguem piegas porque não é um amor romântico, se fosse, teria um nome,não? E o amor romântico como o vemos nos filmes não é o meu.
Só sei sentindo, sei que me vi fazendo parte do casal mais lindo do mundo, mais brilhante, iluminado e potente. Uma potência, um poder tão imenso que levei dias pra absorver, pra racionalizar, o que é pouco provável que eu consiga fazer completamente. Cinestesicamente, esse amor se instalou na minha pele, cabelos,órgãos internos, nos meus olhos e dedos, e todo o meu ser transcendeu de forma belíssima, pura e alegre.
Desejo que sintam um amor tão puro, tão real e tão verdadeiro ao menos uma vez na vida e que transmutem.
Se vocês ouvirem um dia que eu morri, e sentirem vontade de chorar ou se sentirem tristes, podem sentir sim, e pensem: Foi-se uma pessoa que amava a vida!! Eu só consigo pensar que ela é breve, que não dá tempo pra nada e que é preciosa, de um valor incalculável e que não dá pra se exigir menos do que o amor, ele move montanhas!

A ilustração é de Sylvia Ji, uma artista tex-mex, rsrs, se chama Sugar Skull, mas eu queria chamá-la aqui no meu post, no meu país, de Sugar Brown.

Nenhum comentário:

Postar um comentário